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palavras soltas
maos vazias
disturbios no sono
a bomba motora do corpo acelarada
mais uma vez
e mais uma vez mais
me destruo
e volto a reconstruir-me com a liberdade
liberdade e disponibilidade dos outros
daquele outro
do outro que nao me ve
por minha culpa de nao
nao me expor
nao me fazer compreender
e porque?
porque sou fraca
e perfiro enconder os sentimentos em mim
como só a mim pertencessem
e talvez so e talvez nao
e agora, um pouco tarde de mais
tento e penso em lutar
qdo agora acho que e tempo de desistir e mudar
passar para outra.
um deja vu a passar-me pelos olhos
com rostos diferentes,
com essencias peculiares
essencias essas que me fascinam
e me prendem.
devo-me, a mim propria, libertar-me
e qdo estiver pronta vou fazer-lo
como se fosse uma simples troca de escova de dentes
uma que foi boa enquanto durou
enquanto funcionou para mim
e passara a ser parte da memoria
graças a minha mania estupida
de associar objectos a momentos e pessoas
de sorrisos aparecerem de mancinho pelos labios
e acabarem em gargalhadas cheias de vontade
e como enfeitiçadas
criam uma noite ou um dia de verao
e que, por final ficaram no meu armario
caixao de esqueletos que todos temos.
um dia lembrarei com um sorriso de orelha a orelha
com uma brisa de cheiros proprios
conhecidos por nos (todos)
a nossa juventude.
e ai talvez me lembre das coisas
mas nao com sabor a frustraçao
mas talvez como algo que nao consegui fazer
mas que pertence ao meu crescimento
e conhecimento do meu ser
e voltarei a sorrir cheia de vontade.
("shiuu... deixa chover. gosto de ti qdo te ris cheia de vontade." ESQUIMÓ)