segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

NO CREUX MES MAINS


palavras soltas


maos vazias


disturbios no sono


a bomba motora do corpo acelarada


mais uma vez


e mais uma vez mais


me destruo


e volto a reconstruir-me com a liberdade


liberdade e disponibilidade dos outros


daquele outro


do outro que nao me ve


por minha culpa de nao


nao me expor


nao me fazer compreender


e porque?


porque sou fraca


e perfiro enconder os sentimentos em mim


como só a mim pertencessem


e talvez so e talvez nao


e agora, um pouco tarde de mais


tento e penso em lutar


qdo agora acho que e tempo de desistir e mudar


passar para outra.


um deja vu a passar-me pelos olhos


com rostos diferentes,


com essencias peculiares


essencias essas que me fascinam


e me prendem.


devo-me, a mim propria, libertar-me


e qdo estiver pronta vou fazer-lo


como se fosse uma simples troca de escova de dentes


uma que foi boa enquanto durou


enquanto funcionou para mim


e passara a ser parte da memoria


graças a minha mania estupida


de associar objectos a momentos e pessoas


de sorrisos aparecerem de mancinho pelos labios


e acabarem em gargalhadas cheias de vontade


e como enfeitiçadas


criam uma noite ou um dia de verao


e que, por final ficaram no meu armario


caixao de esqueletos que todos temos.


um dia lembrarei com um sorriso de orelha a orelha


com uma brisa de cheiros proprios


conhecidos por nos (todos)


a nossa juventude.


e ai talvez me lembre das coisas


mas nao com sabor a frustraçao


mas talvez como algo que nao consegui fazer


mas que pertence ao meu crescimento


e conhecimento do meu ser


e voltarei a sorrir cheia de vontade.


("shiuu... deixa chover. gosto de ti qdo te ris cheia de vontade." ESQUIMÓ)

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